segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"O Segredo da Felicidade"

Catanduva, descobre "O Segredo da Felicidade", e já não é mais a mesma, depois da Parada.



Não é numa semana ou em um mês que se prepara uma Semana como a 2a. Semana da Diversidade. Em muita coisa a gente tem de se preocupar, e mesmo assim quase não dá tempo para nada. Uma das coisas que sempre me preocupa, é no que vou falar para toda aquelas pessoas que estão lá na Parada. Outra coisa que sempre faço é colocar minha vida nas mãos de Deus, e caminhar, e assim ele vai me guiando. Atento, me deparei duas vezes com um mesmo ensinamento que falava sobre a prática da virtude e a conquista da felicidade. Vi que estava ali o meu discurso.
Então chegou o dia da Parada que amanheceu nublado, e eu que sempre achei a chuva um sinal de benção começava ficar preocupado com ela, mas logo na manhã de domingo recebi duas graças, e vi que ELE segurava minha mão e as coisas aconteciam como que guiadas por alguém.
Meu celular tocava as 16horas. Horário agendado nele para nos dirigirmos pra Avenida, local da Parada. As pessoas iam chegando de todos os lados e quando subi no trio elétrico, olhei toda aquela gente e me assustei mais ainda. Lá estavam 3mil pessoas, segunda a polícia militar. Uns até meio se esquivando das máquinas fotográficas, outros só na "arquibancada" apreciando o que ainda era novo,"estavam de bobs!" como diziam a maioria dos participantes que desfilavam pela Avenida. Mas acho que tinha mais gente curiosa, do que gente da ativa, tinha muita gente "passiva" também. Tinha "bofe" que aproveitava pra mostrar o corpo "sarado", mas também tinha "bofe dando pinta". Tinha mulher com mulher, homem com homem, homem com mulher ou vice versa. Tinha gente de Rio Preto, de Paraíso, Palmares, Catiguá, Monte Alto, e sabe Deus da onde tinha tanta gente. Pois veio gente da Capital e até do Sul, de Santa Catarina também. Tinha "mona montada" e umas "desmontadas", tinha negro, tinha idoso e namorada. Tinha família com criança e até sem criança. E por falar em criança, em cima de um, dos dois trios também estava nossa filha Theodora. É, nossa! Dos dois. Ela que motivava tudo isso, e foi por causa dela que aquele domingo já não seria mais um domingo como outro qualquer...
O que dizer então para tanta gente? Será que eles vão me ouvir? Só podia falar mesmo de uma única coisa: FELICIDADE.
Tirei do bolso uma folha de papel dobrado, e comecei a ler os trechos do texto do nosso lider espiritual Meishu–Sama que falava que o Segredo da Felicidade é tão simples, que poucos conseguem descobri-lo. São nossas atitudes que nos levam para a felicidade ou para o sofrimento. Por isso devemos respeitar a diversidade, a diferença dos outros,e mostrar nosso amor e gentileza. Pode até parecer balela, mas sabemos que sempre serão mais felizes aqueles que praticarem maior número de ações louváveis. Somente assim poderemos viver num Paraíso Terrestre e com o tempo, desapareceriam todos os problemas de ordem moral, toda a doença, toda a pobreza e todo o conflito. Respeitando o próximo, respeitando as diferenças, colocando a felicidade do outro acima de tudo. Todos perceberão que não é difícil ser feliz.
A Parada foi maravilhosa, muita alegria, diversão, dança e na apoteose a chuva. Mas alguma coisa ELE queria me dizer com ela. E só podia ser uma benção, dispersou os intrusos, acolheu os amigos, refrescou a corpo e limpou a alma.
......
Quando voltava da festa pela avenida, carrega numa mão a minha bandeira, a outra também segurava as mãos de Theodora, que disse: - Pai, acabou a Parada?
- Claro, respondi queria mais?
- Queria, tava todo mundo se divertindo e dançando, respondeu ela, e olha pra cara dessas pessoas que ficaram por aqui e não foram na festa no final.
- O que têm elas? Estão bravas? Falaram algo pra você? Perguntei e parei no meio do caminho assustado.
- Não pai, explicava ela, elas estão sorrindo, olhando para a gente e sorrindo devagar, um moço fez carinho na minha cabeça e uma outra moça me mandou um beijinho e sorriu também.
Olhei para trás e dei uma geral no bar por onde passávamos. Lembrei que ao passar por ali, antes da Parada, ouvi alguns comentários e piadinhas preconceituosas, mas não liguei. Ao passar novamente após a Parada percebi que algumas das pessoas ainda eram as mesmas. Mas estavam mesmo diferentes. Uma moça gritou para nós: - Abalaram..., e sorriu.
Não sei o que mudou naquelas pessoas, mas Lembrei das palavras de Meishu-Sama: "São nossas atitudes que nos levam para a felicidade ou para o sofrimento. Por isso devemos respeitar a diversidade, a diferença dos outros,e mostrar nosso amor e gentileza. Theodora, naquele momento, me fez enxergar com os olhos do coração e percebi que Catanduva já não era mais a mesma.